O dinheiro da Europa
Devido ao impacto da pandemia, na economia, Portugal irá
receber cerca de 15 mil milhões de euros do fundo de recuperação.
Mas como é que este dinheiro vai ser investido?
Vamos ver, estamos a passar por uma pandemia que nos obrigou
a ficar em casa, a que as lojas fechassem e que as fábricas parassem. Empresas encerraram,
o número de desempregados aumentou. Mas felizmente vêm 15 mil milhões da União
Europeia, saberemos gerir? Visto isto penso que o melhor é levar acabo políticas
expansionistas, reduzir a carga fiscal a quem faz mover a economia. Baixar o
IRS às famílias da classe média é algo de extrema importância, aumentar o poder
de compra das pessoas vai proporcionar o aumento do consumo e produção. Estimulando
o mercado, criando postos de trabalho.
Hoje, os profissionais que realmente fazem a diferença, os
profissionais que devido ao seu esforço e inteligência conseguem obter
resultados de importância é a classe média. Estes que se esforçam todos os dias
para levar as empresas e os serviços públicos ao melhor de si. A estas pessoas tem
de lhes ser dado reconhecimento por isso é bastante desagradável, digamos
assim, ver a classe média a pagar 20%, 25%,30%, do seu salario em impostos.
Hoje, um empresário cuja sede da empresa esteja localizada
em Portugal, ao declarar lucros paga IRC, o que está mais do que correto todos
temos o dever de contribuir para o bem comum de modo a ter serviços públicos da
melhor qualidade possível. Contudo este empresário além de ter pago IRC sobre
os lucros da sociedade vai ser obrigado a pagar IRS sobre o mesmo dinheiro
quando os lucros forem distribuídos. Esta é a melhor altura para se fazer
justiça tributária, tornar o dinheiro que provenha de lucros isento de IRS.
Esta política fiscal vai proporcionar o aumento de dinheiro disponível para
consumo ou poupança, como todas as pessoas quando os empresários virem cada vez
mais retorno nos seus negócios em Portugal, será inevitável o aumento de
investimentos no país.
Tornar mais fácil o investimento interno é imperativo, criar
mais projetos para empreendedores, começar a tomar medidas de verdade para
haver investimento no interior, aumentar as parcerias público-privadas, são na minha
opinião algumas maneiras de estimular o investimento interno em Portugal.
Como é óbvio é preciso que realmente exista inspeção para
que o dinheiro seja realmente investido no que é suposto.
Diminuir os impostos a quem proporciona resultados ao país é
algo não só importante, mas também imperativo.
As diversas propostas que disse anteriormente são dispendiosas,
contudo todas elas acabam por contribuir para o aumento do consumo e qualidade de
vida, ou seja, o aumento da receita do Estado em impostos indiretos. De
qualquer forma se forem postas em prática, com este dinheiro extra não será necessário
qualquer diminuição de investimento noutras áreas.
Portugal, o nosso belo e grande país necessita de mais uma
era de crescimento, já há muito que vimos a permanecer numa espécie de
dormência, a era dos descobrimentos foi fantástica, mas foi há cerca de cinco
séculos. Temos coisas para nos orgulharmos e devemos orgulhar-nos da nossa pátria,
mas uma nação como a nossa não se pode perder. Por isso temos aqui uma hipótese
para nos lançarmos, ainda mais, este dinheiro tem de vir estimular a iniciativa
privada, dar mais poder de compra para as pessoas e acima de tudo tornar o país
cada vez melhor.
Autor: Adérito José Teixeira da Siva de Azevedo Rafael