domingo, 13 de setembro de 2020

Artigo de opinião--Algumas soluções! -- Adérito Rafael

 

Algumas soluções!

Hoje vivemos num momento em que os danos ambientais antrópicos causam danos irreversíveis no ambiente. Os transportes, tal como a indústria representam uma boa parte dos responsáveis pelo presente estado ambiental.

Quanto aos transportes, já tive a oportunidade de expressar a minha opinião no artigo “Carros elétricos, Nova Farsa ou Nova Vida”.  Ainda assim, poderei explorar e referir pontos não abordados. Os carros elétricos são uma boa escolha já que o seu impacto ambiental é menor, não havendo emissões de dióxido de carbono. No entanto os carros elétricos acabam por ter um impacto negativo, não estaremos a “trocar” o petróleo pelo lítio! A exploração do lítio tem vindo a aumentar devido à necessidade de lítio para as baterias dos carros elétricos. Outro problema é a energia que o carro usa, pois se a energia usada pelo carro não for renovável, então o carro elétrico acaba por poluir de forma indireta. De qualquer forma considero que continua a ser melhor o uso de carros elétricos.

Existem, no entanto, mais meios de transporte amigos do ambiente, exemplo dos carros a hidrogénio. Estes, resolvem um problema que os carros elétricos têm, o tipo de energia usada. Os carros a hidrogénio utilizam o hidrogénio e o oxigénio para produzir corrente elétrica que posteriormente passa para o motor ou é armazenado na bateria. Assim o carro só tem um impacto poluente, a sua produção. Temos também os carros movidos a gás natural.  Hoje já existe a tecnologia, já detemos os vários tipos de carros que se movimentam de modo não poluente. O problema que permanece será o preço dos automóveis. Os modelos destes carros com boas performances acabam por estar disponíveis a preços que para algumas pessoas são exorbitantes.

Uma maneira de resolver este problema, é manter os benefícios para quem tem interesse em comprar um carro destes. Neste momento precisamos mais do que nunca, que os governos continuem a trabalhar no sentido de descer o preço dos carros elétricos, conceder benefícios para a aquisição ou mesmo prémios para quem já tem estes carros, como descontos nas portagens. Se transformarmos uma viagem num carro amigo do ambiente, numa viagem muito mais barata do que num carro movido a combustível fóssil, tornar-se-á mais atrativa, a compra ou utilização do carro elétrico.

Parece-me que estamos no momento, em que é necessário que os governantes hajam, o tempo em que só tínhamos que mudar a mentalidade das pessoas passou. Agora é necessário agir o mais rápido possível. As pessoas devem estar informadas, que saibam os problemas, as causas e o que é necessário fazer. É preciso chamar quem já está ciente do problema para fazer mais pressão sobre o assunto e sensibilizar quem não está, é alias o propósito deste artigo.

É imperativo que se comece a resolver este problema, é para isso mesmo que venho aqui apresentar o que eu penso serem soluções apropriadas.

Como já disse a industria é uma fonte enorme de poluição. A reciclagem é algo que já se fala há variadíssimos anos, hoje e falando em Portugal existem vários centros de reciclagem, para estes centros é encaminhado o lixo separado dos ecopontos.

Poderíamos criar grandes centros de reciclagem para o lixo doméstico, pois embora a reciclagem seja algo que todas as pessoas já ouviram falar ainda há muitas pessoas que não o fazem. Os centros de reciclagem receberão o lixo, separado ou não. O lixo é depositado num super contentor que irá lavar, escoar a água e secar o lixo. Todo o material orgânico, papel, cartão, desfazer-se-á, escoando a água, todo esse material pode ser reciclado. O plástico e o metal, melhor dizendo tudo o que não se desfez na lavagem desce para uma passadeira rolante, as pessoas separarão o lixo por categorias. Recicla-se o lixo que após separado poderá ser vendido enquanto material reciclado. Quanto à água lamacenta com os detritos orgânicos é usada para produzir composto, que poderá ser vendido.

Este projeto pode ser levado inicialmente a cabo pelo Estado com parecerias privadas, de modo a criar um negócio rentável e amigo do ambiente. Para ser possível criar o máximo destes centros de reciclagem, após a sua construção, os governantes podem privatizar totalmente o centro, recebendo o que investiu remunerado, e criar mais centros.

 

Autor: Adérito José Rafael.  


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