segunda-feira, 6 de abril de 2020

Fé/Razão



Fé/Razão

Conflito Fé/Rasão
Neste trabalho vou desenvolver o tema fé/razão, baseando-me no filme “A vida de Galileu”, um filme lançado a 27 de janeiro de 1975, realizado por Joseph Losey, com Chaim Topol, a interpretar Galileo Galilei. O filme é sobre a vida de Galileu e as suas “batalhas” com o vaticano, para poder continuar a investigar sem arranjar problemas com o santo ofício. A inquisição e as suas atividades é um subtema que irei abordar, assim como os problemas de Galileu com a inquisição.
O conflito fé/razão remonta ao século XII, quando surge a inquisição, em França. A inquisição foi-se espalhando pela Europa e ganhando força, tendo especial impacto nos impérios português e espanhol. Em Itália, a inquisição também teve uma enorme influência, como podemos ver no filme GALILEU. A inquisição teve o seu auge no século XV-XVIII, sendo que no século XIX, a inquisição perdeu o império português em 1821 e o império espanhol em 1834. 
Durante o período da inquisição, filósofos e cientistas como Galileu foram censurados, tentando que informações que fossem contra o que a igreja fossem censuradas e desmentidas. 
O conflito entre a fé e a razão fez com que a humanidade se atrasasse, pois, as informações descobertas eram encobertas, desmentidas e destruídas. Isto deveu-se ao Santo Ofício, que impedia a publicação livre de qualquer obra literária. Como se viu no filme Galileu, quando Galileu descobre que a terra gira em torno do sol, enunciando assim o heliocentrismo, a inquisição obrigou-o a desmentir essa teoria, obrigando-o a dizer que se teria enganado e que o modelo certo era o geocentrismo. Galileu acaba cedendo por medo de algum atentado à sua vida. As contribuições de Galileu causaram dificuldades para teólogos e filósofos naturais da época, pois contradiziam ideias científicas e filosóficas baseadas nas de Aristóteles e Ptolomeu e intimamente associadas à Igreja Católica. Astrónomos jesuítas, especialistas em ensinamentos da Igreja, ciência e filosofia natural, foram primeiramente céticos e hostis às novas ideias, no entanto, poucos anos depois, devido à disponibilidade de bons telescópios permitiu-lhes a repetição das observações. Um dos estudiosos jesuítas da faculdade simpatizou com as teorias de Galileu, mas foi convidado a defender o ponto de vista aristotélico. A inquisição romana julgou Galileu em 1633 e acusou-o de suspeito veementemente de heresia, condenando-o a prisão indefinida. 
Galileu foi mantido em prisão domiciliar até à sua morte em 1642.
A inquisição tinha estes comportamentos, pois pensava que, se alterasse algo do que dizia, iria por em causa tudo o que defende o que poderia causar a perda de crentes fazendo com que a igreja passasse a ter menos influência. A inquisição tentava ao máximo manter as pessoas na ignorância científica, de modo a que todos acreditassem que a igreja era algo divino e intocável, algo que se percebe com grande facilidade no filme, já referido. 
 À época a disseminação do conhecimento era feita pela igreja nos conventos e outros estabelecimentos da igreja. O ensino era dominado pelo vaticano, tornando mais fácil o controlo da informação passada às pessoas, os valores cristãos eram doutrinados aos estudantes. O filme mostrou-nos que na cidade onde Galileu dava aulas, Veneza, tinha problemas financeiros e quando pediu ao reitor da universidade que lhe aumentasse o salário, o reitor disse-lhe que desse aulas aos nobres, ao que Galileu retorquiu que, se passasse o tempo todo a ensinar, não teria tempo para pesquisar, então o reitor disse que ele fosse para França onde lhe pagariam melhor, no entanto iria ser proibido de pensar em nome da Inquisição. Um exemplo de uma maneira da inquisição conseguir atrasar as descobertas científicas era fazendo com que os investigadores, para se sustentarem, tivessem de passar o seu tempo a ensinar e não a investigar e os que conseguiam ganhar uma boa quantia de dinheiro eram regulados pelo Santo Ofício.
Recentemente, segundo a revista Nature, citada pelo jornal Observador foi descoberta uma nova carta enviada pelo astrónomo Galileu Galilei à Igreja Católica para tentar escapar à Inquisição. Nessa carta, Galileu dizia que era o Sol, e não a Terra, que estava no centro do universo, editou o que escreveu num documento mais antigo para parecer menos crítico da Igreja. E substituiu palavras como “falso” para expressões como “parece diferente da realidade”. Numa carta enviada ao amigo matemático Benedetto Castelli, Galileu escreveu que as referências na Bíblia aos eventos astronómicos não deviam ser lidas literalmente. Quando a Igreja teve acesso a essa carta, ameaçou Galileu com a Inquisição. Numa tentativa de acalmar os ânimos da Igreja, Galileu escreveu uma nova versão da carta enviada ao amigo e disse que aquela sim era a versão original do documento e que a outra tinha sido modificada por alguém que lhe queria mal. Nessa nova carta, o italiano riscou a palavra “falso” para escrever “parece diferente da realidade” por cima. E numa referência aos “dogmas básicos” das Escrituras, substituiu a palavra “ocultação” por “um véu mais fraco”. De nada lhe valeu o esforço.
Se pensarmos bem, a Inquisição teve um impacto muito grande na história do ser humano, devido ao medo de perder a influência sobre as pessoas, a Inquisição decidiu tentar manter as pessoas na ignorância de modo a ser mais fácil a sua manipulação, impedir que as pessoas duvidassem sobre a religião cristã. Isto levou a um grande atraso no desenvolvimento científico. Um bom
 exemplo é o caso do Galileu.    
Autor: Adérito José Teixeira da Silva de Azedo Rafael

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