INTRODUÇÃO............................................................................................................. 2
1. Memória em geral...................................................................................................... 3
1.1 Codificação.............................................................................................................. 3
1.2 Armazenamento....................................................................................................... 3
1.3 Recuperação ou reutilização.................................................................................... 3
2. Sistemas de memoria................................................................................................. 4
2.1 Memória sensorial.................................................................................................... 4
2.2 Memória de curto prazo........................................................................................... 4
2.2.1 Memória imediata................................................................................................. 4
2.2.2 Memória de trabalho............................................................................................. 5
2.3 Memória a longo prazo............................................................................................ 5
2.3.1 Memória declarativa............................................................................................. 6
2.3.1.1 Memória episódica............................................................................................. 6
2.3.1.2 Memória semântica............................................................................................ 7
2.3.2 Memória não declarativa ou procedimental.......................................................... 7
CONCLUSÃO............................................................................................................... 8
BIBLIOGRAFIA E WEB GRAFIA............................................................................ 10
INTRODUÇÃO
Pretende-se
com este trabalho realizar uma breve abordagem ao conceito de memória e
sistemas de memória.
A
memória humana acontece em várias partes do cérebro ao mesmo tempo, alguns
tipos de memórias perduram mais do que outras. Desde o momento em que nascemos,
o nosso cérebro recebe quantidades enormes de informação. Como é que guardamos
tudo o que vivemos e aprendemos? Memórias!
Desde
a década de 1940, os cientistas supõem que as memórias são mantidas dentro de
grupos de neurónios, ou células nervosas, chamadas conjuntos de células.
Quando
nos lembrarmos de uma memória, várias partes do cérebro comunicam rapidamente
entre si, incluindo regiões do córtex cerebral que processam informações de
alto nível, regiões que lidam com os nossos sentidos a cru, e uma região
chamada lobo temporal que parece ajudar a coordenar o processo. Um estudo
recente descobriu que, quando os pacientes se recordavam de memórias
recém-formadas, ondas de atividade nervosa no lobo temporal sincronizavam-se
com ondulações no córtex cerebral.
Ainda
permanecem muitos mistérios sobre a memória. Com que precisão são as memórias
codificadas dentro dos grupos de neurónios? Quão amplamente distribuídas no
cérebro estão as células que codificam determinada memória? Como é que a nossa
atividade cerebral corresponde à forma como vivemos as nossas recordações?
Essas áreas ativas de pesquisa podem, um dia, fornecer novas luzes sobre a
função cerebral e sobre como tratar problemas relacionados com a memória.
Nas
próximas páginas vamos apresentar uma revisão da literatura, dividida em duas
partes, primeiro abordaremos a “Memória em geral” e num segundo capítulo os
“Sistemas de memória”.
1.
Memória em geral
A
memória é um processo dinâmico onde ocorre a codificação, o armazenamento e a
recuperação ou reutilização da informação recebida.
Adquirimos
e armazenamos informação para a utilizarmos nas mais diversas situações da
vida.
1.1
Codificação
A
codificação é um processo onde a aquisição de informação implica a codificação
dos dados informativos, de modo a que possam ser armazenados. A nova informação
pode ainda ser introduzida, umas vezes de maneira autónoma e outras consoante a
repetição ou elaboração da memória.
1.2
Armazenamento
O
armazenamento é o processo consoante o qual mantemos na memória a informação
que foi adquirida. A forma mais eficaz na retenção da informação resume-se na
análise do significado da nova informação, relacionando-a com a informação
pré-existente na memória (repetição elaborada). Meramente a informação
registada de forma elaborada é transferida para os armazéns de memória.
1.3
Recuperação ou reutilização
A
recuperação ou reutilização trata da retoma de conteúdos mnésicos de acordo com
o modo como foram adquiridos e armazenados. Ao reutilizar, reconstruimos os
dados mnésicos. Recuperar informação depende do modo como está organizada na
memória e do recurso de “pistas” que nos conduzem às memórias que desejamos
recuperar.
Em
1971 Atkinson e Shiffrin, psicólogos, propuseram que a memória pode ser dividida
em três sistemas, em relação ao tempo. A memória sensorial, memória de
curto prazo e memória de longo prazo.
2.
Sistemas de memória
2.1
Memória sensorial
Na
memória sensorial:
São
utilizados todos os órgãos sensoriais (visão, audição, olfato, paladar e tato)
para registar informação;
Por
norma, o armazenamento da informação demora cerca de 0,5 segundos a ser
efetuado;
Se
a informação não for processada, perde-se, mas se for processada, é passada
para a memória a curto prazo.
2.2
Memória de curto prazo
A
memória a curto prazo é um sistema temporário de armazenamento que retém a
informação durante a sua utilização. A informação selecionada para determinados
efeitos pela memória a curto prazo (memória de trabalho) encontra-se na memória
a longo prazo. Compete a esta memória selecionar e enviar os conteúdos
significativos para a memória a longo prazo.
A
memória a curto prazo é composta por duas grandes componentes:
A
memória imediata e
A
memória de trabalho.
2.2.1
Memória imediata
“A
memória imediata é um «armazém» de capacidade muito limitada.” Rodrigue L.
& Rua F. (2020)
A memória imediata é um tipo de memória
com fraca capacidade de armazenamento e de pouca duração, onde numa situação
onde não conseguimos registar a informação recebida, apenas conseguimos
captar/fixar sete itens ou peças informativas (dígitos, letras ou palavras) e,
apenas mantemos a informação captada num espaço de tempo de aproximadamente 20
a 30 segundos.
Existe
uma maneira de ultrapassar essa “limitação” recorrendo a um estratagema
conhecido como “condensação” que consiste em fragmentar uma grande sequencia de
itens (dígitos, letras ou palavras) em pequenas frações tornando assim a tarefa
da memória imediata.
2.2.2
Memória de trabalho
A
memória de trabalho é a área onde se atualizam e utilizam os conteúdos mnésicos
necessários em dados momentos. Esta é a forma de memória caraterizada por ser
um espaço ativo de trabalho onde a informação está acessível para uso
temporário.
2.3
Memória a longo prazo;
A
memória a longo prazo, tem uma enorme capacidade de armazenamento. Uma vez
aprendidas e armazenadas, na memória a longo prazo, essa informação pode mesmo
nunca ser esquecida definitivamente. Esta é, normalmente, a memória a que as
pessoas se referem quando falam em Memória.
Na
memória a longo prazo, a informação é codificada em um código semântico ou
visual. A informação é associada a contextos e significados já
estabelecidos. Sendo a codificação
semântica a codificação mais eficaz. William Bousfield, em 1935, demonstrou o
processo de codificação semântica. Esta experiência, de Bousfield, consistiu em
pedir aos participantes que memorizassem quinze nomes, quinze animais e quinze vegetais.
Estas sessenta palavras foram espalhadas de forma arbitraria, no entanto, as
quatro categorias de objetos não estavam explicitas.
O
resultado desta experiência foi que os participantes memorizaram as palavras
repetindo-as e relembrando-as como elementos de um conjunto específico. Assim
sendo, os objetos, por eles memorizados, foram organizados tendo em conta o seu
significado e integrados na categoria que representavam. Ou seja, o processo de
memorização consistiu no significado das palavras a serem memorizadas. Por isto
é que a codificação semântica é considerada a mais eficaz e a que apresenta
melhores resultados na reatualização das informações.
Após
a codificação, a informação é armazenada. O armazenamento da informação é feito
de forma organizada, de modo a facilitar a sua recordação. A memória de longo
prazo é um sistema de redes de associação entre conceitos, em redes semânticas.
Como por exemplo, o mar está ligado á cor azul, pois é a sua cor e a praia pois
o mar e a praia encontram-se.
Depois
de codificada e armazenada a memória, eventualmente, será recordada. Este é o
processo de reatualizar as memórias. Pode, ou não, ser uma tarefa fácil. Mas
devido á maneira como foi codificada e armazenada a memória, relembramo-nos de
algo torna-se mais fácil com pistas. Como por exemplo dizer mar para relembrar
a cor azul.
Embora
a memória de longo prazo tenha uma capacidade de armazenamento elevada, as memórias
podem, no entanto, perder-se por esquecimento.
Em
1986, o
professor de psiquiatria, Larry Ryan Squire, subdividiu a memória de
longo prazo em dois subsistemas, a memória declarativa e a memória
não declarativa.
2.3.1
Memória declarativa
A memória declarativa é constituída por
factos, conhecimentos gerais, acontecimentos pessoais. Esta
permite-nos recordar acontecimentos e factos de forma consciente, assim podemos
compará-las com informações já existentes ou com novas. Ajudando assim o processo
de codificação. A memória declarativa é ainda caraterizada pela flexibilidade
das suas memórias armazenadas, possibilitando assim que nós possamos ter uma
maneira de entender o mundo.
Endel
Tulving, psicólogo Russo, propôs pela primeira vez, em 1972, uma subdivisão da memória
declarativa em duas memórias, a memória episódica e a memória
semântica.
2.3.1.1
Memória episódica
Com a memória episódica, relembramos de acontecimentos
específicos, de umas férias ou de um dia em específico. Ou
seja, é uma memória “autobiográfica”, que grava o nosso dia a dia e as nossas
experiências. Mas a memória episódica, não é de forma alguma passageira ou
temporária, é sim a maneira que nós temos para poder relatar uma vivência,
viagem ou algo marcante, a alguém sobre algo que no passado que nos aconteceu.
Segundo
Endel Tulving, a memória episódica está mais sujeita a disfunções neurológicas
do que as outras memórias. Além de que indivíduos com desvios do normal
funcionamento desta memória, tendem a ter graves prejuízos no seu dia a dia.
2.3.1.2
Memória semântica
A memória semântica é especializada no
armazenamento de conhecimentos concretos e abstratos. Esta memória guarda,
nomes, definições factos e conceitos. A memória semântica, é
constituída pelos nossos conhecimentos, abstraindo-se assim do contexto onde
aprendemos ou adquirimos a informação. Assim sendo a memória semântica permite-nos
dizer que, por exemplo, uma arvore ao sol, está a realizar a fotossíntese. Ao contrário
da memória episódica, a memória semântica, contém informações sem significado
pessoal.
2.3.2
Memória não declarativa ou procedimental
A
memória não declarativa é constituída pelas capacidades motoras, hábitos
simples e respostas simples. Normalmente, adquirido de forma lenta, mas cujos
comportamentos, após serem adquiridos, tendem a tornar-se, quase inatos ao
individuo. A memória não declarativa, da mesma forma como a declarativa, também
recorda as memórias, mas de uma maneira diferente, usando um sistema que passa
pelo nosso inconsciente, segundo Taussik & Wagner.
CONCLUSÃO
Como
funciona o cérebro e a memória humana? Que processos estão envolvidos?
Procuramos
nas páginas anteriores apresentar uma breve abordagem a esta temática que
continua com muitas perguntas sem resposta.
A
memória é um processo dinâmico onde ocorre a codificação, o armazenamento e a
recuperação ou reutilização da informação recebida pelo cérebro.
Em
1971 Atkinson e Shiffrin, propuseram que a memória pode ser dividida em três
sistemas, em relação ao tempo. A memória sensorial, memória de curto prazo e memória
de longo prazo.
Na
memória sensorial são utilizados todos os órgãos sensoriais para registar
informação, o armazenamento da informação demora cerca de 0,5 segundos a ser
efetuado. Se a informação não for processada, perde-se, mas se for processada,
é passada para a memória a curto prazo.
A
memória a curto prazo é um sistema temporário de armazenamento que retém a
informação durante a sua utilização. A memória a curto prazo é
composta por duas componentes, a memória imediata é um tipo de memória com
fraca capacidade de armazenamento e de pouca duração, apenas mantemos a
informação captada num espaço de tempo de aproximadamente 20 a 30 segundos e a
memória de trabalho é a área onde se atualizam e utilizam os conteúdos mnésicos
necessários em dados momentos.
A
memória a longo prazo, tem uma enorme capacidade de armazenamento, essa
informação pode mesmo nunca ser esquecida definitivamente é, normalmente, a
esta memória a que as pessoas se referem quando falam em “Memória”. Na
memória a longo prazo, a informação é codificada em um código semântico ou
visual. Após
a codificação, a informação é armazenada. O armazenamento da informação é feito
de forma organizada, de modo a facilitar a sua recordação. Depois
de codificada e armazenada a memória, eventualmente, será recordada. Larry
Ryan Squire, subdividiu a memória de longo prazo em dois subsistemas, a memória
declarativa e a memória não declarativa. A memória declarativa é
constituída por factos, conhecimentos gerais, acontecimentos pessoais, permite-nos
recordar acontecimentos e factos de forma consciente, assim podemos compará-las
com informações já existentes ou com novas, possibilita que nós
possamos ter uma maneira de entender o mundo. Endel Tulving,
psicólogo Russo, propôs pela primeira vez, em 1972, uma subdivisão da memória
declarativa em duas memórias, a memória episódica e a memória semântica.
Na
memória episódica, relembramos de acontecimentos específicos, de umas férias ou
de um dia em específico, é a maneira que nós temos para poder relatar uma
vivência, viagem ou algo marcante, a alguém sobre algo que no passado que nos
aconteceu, para Tulving, a memória episódica está mais sujeita a disfunções
neurológicas do que as outras memórias. A memória semântica é especializada no
armazenamento de conhecimentos concretos e abstratos. Esta memória guarda,
nomes, definições factos e conceitos. A memória não declarativa
é constituída pelas capacidades motoras, hábitos simples e respostas simples, é
adquirida de forma lenta após serem adquiridos, tendem a tornar-se, quase
inatos ao individuo. Segundo Taussik & Wagner a memória não declarativa também
recorda as memórias, usando um sistema que passa pelo nosso inconsciente.
Esquematicamente
podemos apresentar os sistemas de memória:
BIBLIOGRAFIA E WEB GRAFIA
https://aprimoresuamente.com/memória-declarativa-exemplos/
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rnl/v3n3/v3n3a05.pdf
https://pt.slideshare.net/olenakolodiy3/psicologia-a-memria
https://pt.slideshare.net/aritovi/memória-341357
https://psicologia-b-12-ano.webnode.pt/conceitos2/a-memória/
https://www.natgeo.pt/ciencia/2019/03/
Memória Humana: Como Criamos,
Lembramos e Esquecemos Memórias | National Geographic (natgeo.pt)
Trabalho de: Adérito Rafael e Samuel Paulino